Ervilhas são verdes gotas. Pingam redondas, perfeitas. Da áurea perfeição, faz-se muitamente metades. Sólido degradé se enrosca numa fundura infinita, de prazer latente.
Deixo de ser organismo. Eu inteira sou dedos, pele, tato. O carmin de mim já não inspira volúpia. O carmin é desejo-de-carne, inteiro. O desejo tem verdecôr.
Num gôzo silencioso, reviro os olhos. Afundo dedos no íntimo verdejante do sabor escondido. Arfo. É doce existir. É doce ser tato, memória, desejo.
(o mistério da lingua coexiste na água-de-pular, e sal.)
- era dia de sonho. havia a vontade de Amelie Poulain. e, tinha na memória Charlie e Lola ( 'eu nunca, nunca mesmo vou comer tomate')
5 comentários:
"eu nunca, mas nunca mesmo vou comer tomate"
Adorei...
Adorei o texto.
Adorei a "fota" do lay...
Adoro a amiga-de-blog rs
Beijos
não gosto de ervilha.
beijo beijo
Paladar aguçado o seu, moça!
Deixa gosto nas palavras...
PS: Seu blog é um dos mais criativos que já vi, sabia? As propostas de texto, composição, tudinho...
*Amei*
Sem problemas, naõ precisava pedir desculpas, meu bem ^^
Eu entendo essas coisas =F
...é gozo se lambuzar pelas mãos, se encher de gostosura e despetalar a pele preferindo o vapor máis sólido dissolvido em gotas de suor... Delícia... Muito bom.
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