Mesmo sem fechar os olhos, eu lembro das cores. E era de encantar, eu sabia. Aqueles encontros despropositados, quem é que podia supor.
O cheiro era diferente, o calor, as chuvas. E os olhos cinzas de quem é que nem eu, sabem ver mais azul, e mais estrelas.
Todas as vozes me eram doces. Tantos sons. De passados, de acasos, e desejos. De saber ouvir tudo quanto acho lindo, e que se alonga pelos anos, mesmo sem eu saber como.
Suas costas rasgavam o por-do-sol, e o céu deitava rubro, e doce nos meus lábios. Eu não parava de me repetir, qual a probabilidade, qual a probabilidade.
Foi só no telhado, quando eu vi as luzes - eu girava de mãos dadas com quem era feito sonho, distante - que eu me dei conta, que a paixão seria maior que todos os dias, já antevia a falta de ar antes de alçar vôo de volta pra casa.
E foi ao laçar dedos, no sofá, entrecortando o frio baixo lá fora, que eu soube. Me deixar pintada nas paredes, num era marca, era promessa de amor.
Amor rasgado, pra sempre.
Os lábios estão salgados e não sei respirar numa cidade sem horizonte.
O cheiro era diferente, o calor, as chuvas. E os olhos cinzas de quem é que nem eu, sabem ver mais azul, e mais estrelas.
Todas as vozes me eram doces. Tantos sons. De passados, de acasos, e desejos. De saber ouvir tudo quanto acho lindo, e que se alonga pelos anos, mesmo sem eu saber como.
Suas costas rasgavam o por-do-sol, e o céu deitava rubro, e doce nos meus lábios. Eu não parava de me repetir, qual a probabilidade, qual a probabilidade.
Foi só no telhado, quando eu vi as luzes - eu girava de mãos dadas com quem era feito sonho, distante - que eu me dei conta, que a paixão seria maior que todos os dias, já antevia a falta de ar antes de alçar vôo de volta pra casa.
E foi ao laçar dedos, no sofá, entrecortando o frio baixo lá fora, que eu soube. Me deixar pintada nas paredes, num era marca, era promessa de amor.
Amor rasgado, pra sempre.
Os lábios estão salgados e não sei respirar numa cidade sem horizonte.