10.8.11

Impressões I (ou O Que Eu Passei A Pensar Sobre Porto Alegre Após A Terceira Visita E As Não Satisfatórias Apreensões Sensíveis Dos Reais Desejos)

Foi uma viagem curta. Mas foi bem longa, no que precisou ser longa. Eu poderia ter feito mais, eu poderia ter gasto menos, todos aqueles balanços de viagem. Foi uma viagem de poucas anotações, muitas leituras, muitos filmes, muitas paixões.
Isso começou a ser escrito no aeroporto, enquanto eu via a turbina do avião funcionando lentamente, enquanto embarcávamos. Lembrei da primeira vez que voltei de PoA. Chegar no aeroporto com o coração em pedaços, voar 45 minutos chorando e soluçando. Não tem dois anos isso tudo; e só o que eu consigo pensar era que eu era uma menina, uma menininha apaixonada. É engraçado pensar que eu já quis fugir pra Porto Alegre no meio da noite, para ser feliz. Como se a felicidade morasse lá.
E de certa forma, escrevendo isso, eu realmente preferia que fosse assim. É desconcertante perder um grande amor. Mesmo eu sendo assim, marinheira, eu gosto de ter um amor, um amorporto. Que agora se desfez em confete e purpurina. E não dói. Só vai ficando com mais gosto de lembrança que de futuro. (E isso não é bom nem ruim, tão somente é assim).
A minha cidade namorada não quer dizer mais muita coisa. Não tenho vontade de me jogar nos seus braços, não tenho vontade de gastar meus dias a olhá-la. É doce, é lindo, mas. É bom estar de volta pra amadaamante Sampa. Cheiro barato, propostas indecentes e uma noite pulsante - amém.

Pronta para o amor. Porque ele existe até em SP.

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