26.1.12

histórias memoráveis de uma vida cretina.

dois irmãos. encantadores, e tão diferentes. dois lados da melhor moeda da minha vida. como eu poderia imaginar que um filme, num colchão na sala seria tão incrivelmente eterno?
dois homens, meu melhor amante, meu melhor amigo. as melhores histórias que três pessoas podem viver, entre bares, cinemas e camas. as histórias que fizeram uma vida valer a pena.
tão longe da frança, tão londe de 68 e ainda a vida pulsava, como um filme do bertolucci. o jeito ser incrivelmente nossos, isolados, alheios ao mundo por uma vida inteira, que durou pouco, como uma película mesmo pode durar. a trilha sonora é de vocês, os sonhos são todos meus.
eu nunca vou esquecer a noite em que batemos o recorde de band à part, o recorde dos três sonhadores. que corremos duas quadras, na avenida mais bonita do mundo, juntos, e tudo era lindo. corremos rindo para um cinema que nos deixaria desolados, fumando cigarros sentados na calçada.
aquela noite fez muito valer a pena, ainda vale. não me esqueço dos colos, e dos beijos, não me esqueço dos jantares nem dos planos, mas dessa cena me lembro mais.

e não posso evitar, que ao final, eu saia sozinha, no meio da tormenta, enquanto vocês vivem suas vidas.
amo vocês. ainda.

de imemoriáveis tempos, 2010.

3 comentários:

Ygor P. disse...

Guardo muito carinho desses dias. Você e Bruno me "salvaram" de muitas formas. O paralelo com 68, depois desse distanciamento, realmente tem MUITO a ver. Tenho o mesmo sentimento que você, e lendo, sinto como é bom ter tais lembranças.

Lorena disse...

é tudo tao vivo...
=)

João Romova disse...

Lua, das tuas 4 fases, a nostalgia, ainda que com dor, tem sido linda...