13.5.13

Da adolescência tardia.

Uma onda imensa, um calor intenso, estrelinhas que piscam-piscam-piscam. Me sinto adolescente, desistindo e recomeçando, acreditando na felicidade. Acredito tanto que o mundo vai ser mais doce, eu vou viver de suspiros, risinhos e asas de borboleta. Não consigo aceitar as obrigações cinzas e enfadonhas porque sim, quero motivos doce para caminhar, para seguir, para querer viver.
Sinto tudo e sinto tanto, pulso inteira, tremo com as menores brisas, os sutis toques, os subliminares verbos. Escrevo como se escrevesse um diário, cheio de poemas e corações. Vivo como se vivesse um diário, com canções bobinhas, segredos com amigas, códigos secretos, escondendo as doçuras e mistérios de tudo quanto não pode ser tocado.
Vivo as amizades queridas, anoto nas bordas dos livros, bebo demais, me apaixono pra sempre a cada sexta-feira, parto meu coração e esqueço que ele está partido, assisto Amélie Poulain. Escrevo cartas jamais entregues, esqueço de lavar a roupa, deixo o esmalte roído, ligo no meio da noite pra não me sentir sozinha.
É euforia e vazio, festa e solidão, amortotal e lágrimas de água do mar. 

Dentro de mim, é tudo névoa e sparkles, e sininhos tocam no caminho do vento. Só queria poder abraçar o mundo com sutilezas.

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