7.6.08

Cores que não sei o nome ou A vida anda - ou não.

caramba, há quanto tempo eu não passava uma sexta sozinha em casa, refém da minha mente maníaca.


~~*

Frustrada.
Nunca gozou.
Devia ter casado com o cara que gostava, mas teve que casar com o primeiro.
Bem resolvida. Mas queria um príncipe.
Acha que o sapo é o príncipe.
Frígida.


A escada rolante desce e eu a olho de baixo. É incrível a facilidade com que analiso sexualmente todas as mulheres que passam. Virgem!, eu disparo em pensamento. Não faz sentido. Mas as minhas análises só têm mulheres com problemas sexuais e homens viciados em sexo. Ou que nunca beijaram. É bizarro, espero que as minhas previsões nunca estejam certas.

O cara entrou. (Quer uma mulher como a mãe, foi a análise antes de começar o parágrafo de Pablo). Sentou-se. (quer a gostosinha do emprego, a doentiaMente, mas sabe que ela tem um namorado bombado. Mas ela deixaria o gostosão para ficar com ele). Levantou-se, sentou entre uma menina (acabou de descobrir que gosta de beijar amigas no escuro) que viajava de costas para o caminho (e eu também), e uma mulher, seus vinte e tantos (mal resolvida...) que olhou. (e pensou assim: esse cara ta me olhando. panaca. sabia que meu cabelo ia ficar muito bom, assim...). E ainda que ela disfarce, ela quer que ele olhe. Ele olha (cara machista, meu...será que ela tá dando mole?).
Me concentro no livro.
- será que sou tão maníaca que acho que todo mundo é doido também.?

Cogito digitar um número aleatoriamente no celular, discar, perguntar se quer trepar doidamente. Procuro o maço, lembro que parei de fumar.

o tempo passa. a vida anda cretina.

Um comentário:

Ygor P. disse...

Lua, lua, baixou o Nelson Rodrigues?

E eu nunca, nunca mesmo me concentro no livro. Impossível.

Fato mesmo é: a vida anda mesmo muito da cretina.

beijosaudade nêga!