8.11.11

Amar é um ato de coragem.

Às vezes é difícil segurar o choro, quando o mundo parece tanto o avesso do avesso do avesso. É estranho saber que mesmo sendo tantos, somos tão poucos. Que ir pra frente de batalha nem sempre basta, quase nunca. É como se ser correto fosse a coisa errada, é como se sentir, fazer, pulsar fosse burrice.
Fico lembrando dos dias em que a preguiça era maior, e, ao chegar na escola de muros grafitados, eu encontrasse os professores rindo, e de fato envolvidos. Estando ali de fato. Encontrasse os alunos atentos, questionadores, receptivos. Lembro dos dias em que eu queria sentar, chorar e sumir, e sem querer alguém me fazia ganhar o dia, com um gesto qualquer. Espontâneo.
Não dá pra abrir mão. Não dá pra esquecer. Não dá pra relevar. É muita coisa, é muita vida, é muita intensidade.


Agora, eu só queria poder abraçar as meninas, porque a gente acaba sonhando um sonho, que não é só um sonho, porque não é mais só. Porque dói ter medo de perder. Porque às vezes precisamos ser corajosos.

Um comentário:

Maria Midlej disse...

Putz, e não é que é?
''Porque não é só um sonho, porque não é mais só''.

Lindo.