7.11.11

You only live once (ou Eu sempre me apaixono)

Quero entregar toda a consciência de mim a essa paixão lânguida; eterna porque interrompida, intensa porque descontínua. Essa conjunção carnal, cósmica não no ser, mas no fazer. Uma paixão sem promessas, sem fagulhas, sem incitações; uma paixão que cabe em si, mas extrapola o minimundo.
Proibida porque não é. Permitida nos pequenos lapsos de tempo, sem dizeres, só sentires desencontrados, conflituosos, incendiários. Quero entregar meus desejos todos os dias, por ser impossível, impulsivo. Quero te viver constantemente, ainda que deletério.
Só quero porque não posso - e então o desejo de poder é fetiche - e tenho medo de não querer quando puder. Mas, até lá, sigo em brasas, te sonhando em dedos, abraços e beijos roubados.

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