minha casa ficou vazia,
tinha êle uma solidão, que juntou com a minha, fez-se riso.
chegou ela, pra graça do seu ar
o outro êle, depois, pra encher a cama.
veio mais uma ela, tocar a superfície
e êle mais, pra mergulho sem pestanejar.
baralho, cerveja, cigarro, sexo, lágrima.
foi bom o barulho,
foi bôa a comida,
até o cheiro e a bagunça estavam bons.
mas estava aqui, fria e pegajosa, solidão, roendo feito traça.
(foi só hoje, lavando os restos de alegrias forjadas foi que eu vi. eu não tava sozinha não. e com a caneca na mão, a janela - constantemente - escancarada, foi que eu vi. amigo não é coisa pouca. e enche boneca de pano. bem demais.)
2 comentários:
vou te pô nos meus favoritos. =D
vou te pô nos meus favoritos. =D
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