2.10.09

fastio

fome, quanta fome, meu deus.
ensaiei uma comida, que não tinha gosto. que fome.
ensaiei um telefone, mas não sabia pra onde ligar.
tentei dançar, sozinha; e nada.
a fome me corroía.
nem a cerveja, nem a janela, nem a cidade, nem nada de nada.

as aquarelas, o nankin, as fotos.
e a fome.

então, um saco de pregos. bem pequeno, estavam todos enferrujados. com a ponta da língua provei uma das cabeças, que os lábios logo sorveram todo o corpo.
um, dois, dez pregos.
tinha gosto de jantar, e de sobremesa.



- dá-me pregos! amor, compra-me um saco de pregos, que tenho ganas de comê-los...!

5 comentários:

Marcelo Mayer disse...

pior é nessas horas machucar o dedo. pois vi muito ironia.

muito bom!

Katrina disse...

Fome de tudo.

Luna disse...

primeira vez aqui. gostei.
:)

Dois cigarros e um café. disse...

Caralho, divideaê!

Beijundas ^^

Jaya Magalhães disse...

Toma uns parafusos, também.

[Os meus, que estão desenroscando].

Teaminho, vaca.