24.6.10

Agora nada mais importa.

- Faz silêncio.
A cidade parecia dormitar, nenhum carro, nenhum pássaro, nada. Parecia inteira em silêncio. Ouvia a minha respiração e sua, e as nuvens quentes que se faziam entre nós.
Você olhava pra cima, como se esperasse algo. As folhas sacudiram de leve, e o barulho era sutil, arrancava sorrisos e olhares cúmplices.
Quando você decidiu andar, meus saltos ecoavam muito longe, nem parecia a vida, parecia um filme, e eu gostava de ser personagem, de ser seu par.
Debaixo da luz amarela, corremos para quebrar os silêncios, corremos pra minha cama e afogamos juntos nossas solidões.

Hoje a cidade parece estar de novo a cochilar, muito quieta, como se esperasse comigo a hora de você chegar.

Um comentário:

Nathane Dovale disse...

gosto como tu escreves,,,