Existo ou só sigo respirando um ar sujo? Ânima que não pulsa, animal que não pulsa. Coexistir na rotina sufocante com a Cidade Sem Amor não é fácil.
Não é fácil aceitar a inflexibilidade do tempo, a certeza da morte que se anuncia a cada esquina. O tempo está correndo, nosso dia acabando. Não sobra tempo de amar, de chorar. Não dá tempo de ter medo, segurar mãos, não-há-não-dá-não-tem-tempo. O lindo futuro se nega a nos dar certeza, num nebuloso horizonte.
As perguntas existenciais, as chuvas torrenciais, os amigos. A corda no pescoço, o peitoril. Os pensamentos impiedosos que se desencadeiam sem sentido.
Um comentário:
http://www.youtube.com/watch?v=BDHo_REqh5I
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